segunda-feira, 23 de maio de 2011

Razão X Emoção. E o Equilibrio???... (por Selma Mixttura)

Para Santo Agostinho, só Deus possui toda plenitude do ser, por sua unidade e simplicidade. Agostinho não traz em seu pensamento uma separação entre os assuntos metafísicos e os éticos, epistemológicos e naturais. E sendo o homem uma criatura decaída e escrava do pecado, não tem forças para agir, pensar e escolher o bem, mesmo possuindo o livre arbítrio. Assim, nós necessitamos tanto da iluminação intelectual quanto da moral. E esta iluminação nós é ofertada por Deus, o ser supremo, que o faz por amor, e é por amor que a Ele retornamos. “A plenitude do ser humano implica a composição de alma e corpo, com todas as potências e instrumentos do conhecimento e do movimento; a quem faltar um desses elementos, faltará algo da plenitude do seu ser”. Essa plenitude que adquirimos através de Deus é a mesma que se dá às coisas e às ações. “Portanto uma ação é boa, na medida em que é, pois, o bem e o ser se equivalem”. Se uma ação for extremada, ou inadequada, inconveniente, causar a dor e a infelicidade de si mesmo ou de outrem, esta seria uma ação antinatural e, portanto não uma ação de amor. E se uma ação não é amor, não é boa, logo, não é plena de seu ser. A vida moral gira em torno do amor, uma vez que Deus mesmo é o amor (João, 4, 16).
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